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Saúde e Estética Animal

domingo, 18 de setembro de 2011

BEBES E ANIMAIS PODEM CONVIVER?

A convivência entre bebês e animais  gera muitas dúvidas nos pais. Será que esta convivência é saudável? Não trará problemas aos meus filhos? E os riscos desta convivência. Este artigo busca esclarecer estas dúvidas e mostrar que a convivência entre bebês e animais é possível, desde que algumas regras básicas sejam seguidas.
Primeiramente, os animais devem estar com vacinação e vermifugação em dia. Outros pontos importantes são:  higiene, ter uma alimentação balanceada (ração), e espaço para brincadeiras. O animal também deve ter o local específico das necessidades para que as crianças não tenham contato com as fezes e urina. A escovação diária previne queda de pêlos e ajuda na saúde de cães e gatos. Aspirar tapetes e limpar o chão com pano úmido também é fundamental.    Tendo bom senso e higiene, é  perfeitamente posssível um ótimo convívio.
Ter um animal em casa, convivendo com a criança é importante, pois estimula a habilidade motora, a comunicação, reduz a ansiedade, acalma, auxilia nas brincadeiras e no gasto de energia, ensina a ter responsabilidades e a lidar com perdas desde cedo. Não existe jeito melhor de uma criança aprender sobre compaixão, consciência, respeito e amor do que através de um animal de estimação, principalmente um que tenha acompanhado toda a sua história, desde o princípio. Alguns estudos comprovam que crianças que crescem com animais de estimação tendem a tornarem-se mais inteligentes e menos suscetíveis a alergias. Além disto, um dos maiores benefícios de se ter um animal de estimação é a união familiar. Ninguém dúvida que seu animal de estimação é um membro da família.
Quando o bebê chega depois do bichinho em casa é necessário adaptar o animal a esta nova realidade. Por isso, é importante, desde o início da gravidez, deixar o pet cheirar o carrinho, o berço, brinquedos e roupas do bebê.
Conforme for a rotina e o comportamento do animal é possível deixá-lo o tempo todo perto do bebê, mas é importante nunca deixá-lo sozinho.
Mas se você quer escolher o pet ideal, a primeira coisa que você deve considerar é que, por mais promessas que seu filho faça, uma criança não pode ser responsável sozinha pelo animal. A criança ainda nem se alimenta sozinha, como pode cuidar de outro ser vivo? Essa é uma decisão em família e de responsabilidade dos adultos.
Conversar com outras pessoas que já têm o bichinho desejado e com especialistas da área - veterinários ou zoólogos - é um bom começo. Pesquise o espaço que aquele animal precisa.
Se seu espaço é pequeno, prefira um animal de porte menor e natureza tranqüila. Os chamados cães de companhia - como o lhasa apso e o shih-tzu - se adaptam bem a apartamentos e são listados como os mais adequados para conviver com crianças.
Gatos são mais independentes que cachorros e podem viver muito bem longe da rua, o que os torna uma boa opção também para apartamentos ou casas sem quintal, por outro lado, se a família espera um bicho mais paciente e participativo, melhor apostar em cães.
Peixes e passarinhos são alternativas para crianças pequenas, de uns 3 anos de idade, com poucas habilidades de cuidados, mas sem manipulações. Já o hamster tem hábitos noturnos: quando a criança está acordada, ele precisa descansar e não vai querer saber de brincadeira. Ouros bichinhos que toda criança gostaria de ter são os fofos coelhos (hoje existem muitas raças de mini-coelhos no mercado - que podem viver perfeitamente em apartamentos), porquinhos-da-índia (ou Cuí-cuí) e tartarugas e cágados. E vale lembrar: preste atenção para comprar sempre animais legalizados.
Os pais precisam ter em mente que o bicho acaba sendo da família. Quem vai pagar a ração e levar ao veterinário são os adultos. No caso da família não ter disponibilidade, é melhor negar o desejo infantil do que escolher um bichinho sabendo que é impossível manter a posse responsável.
Quanto a cães:
Não existe uma indicação de raças específicas para convivência com crianças. Existe o bom senso. Logicamente, cães de porte grande e hiperativos (Ex: Labrador, Boxer, etc) podem derrubar crianças pequenas.
Cães de índole feroz (Rottweiler, Bull Terrier, Pitbull, etc.), devem ser criados desde muito filhotes com a criança em questão, para que se tornem amigos e até protetores das mesmas.
Também cães muito pequenos e frágeis (York Shire, Pinscher e outros “mini”), podem sofrer traumatismos sérios por brincadeiras  de algumas crianças.
Existem realmente raças mais adequadas, mas teoricamente qualquer cão pode conviver pacificamente com crianças desde que ambos se tornem amigos, pois o cão é mesmo muito fiel.
Entre os felinos, a raça persa seria a mais indicada por ser quase que de "pelúcia" de tão mansos. Mas também existem outros felinos que podem conviver com crianças, desde que muito bem escolhidos pelos pais desde filhotes, eles demonstram a índole muito cedo. Devemos escolher o mais "manso" possível, aquele que podemos esticar, amassar, torcer e ele não esboça a mínima agressividade.
Diante de tudo que se viu, resta claro que bebês e animais podem conviver e muito bem, desde que haja bom senso.
ALINE PALMA
MÉDICA VETERINÁRIA – CRMV/RS 9823

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